15 de fev. de 2011

da sacada

Acordei com o coração pesado;
Tá tudo silencioso;
O dia tá cinza cemitério;
Uma neblina fina e inútil;
Que não ameaça, faz nada.
Tá tudo estranho;
me lembra vapor de banho triste.

Acordei com a cabeça pesada;
Já nem sei mais o que é coração.
Ponho a mão e, ei,
esse não é meu estômago?
Sinto meu corpo reclamar.

Algo falta; Alguém falta;
Falta eu; Eu, naquela proposta de ontem;
Faltou eu negar. Faltou eu brigar.
Que tédio é esse, que corroe
as entranhas?

Que dia mais insosso...
Quando é que alguém
vai sair na sacada;
e se matar?
ao invés de fumar...

Queria tanto ver um homem voar...

Vai, que eu to entediado;
Quero ver.

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