20 de dez. de 2007

The wind that shakes the barley

Let's go in english so I don't get rusty...
Today I was feeling strange. I don't know why. I don't even remember the last movie I saw... I think it was... hmmm... Directed by John Ford. I don't know why... too... why I'm taking long time between movies... but I do know that it has something to do with the crops. (o la siega, ou a colheita).
The wind that shakes the barley is a movie that called me. It called me before, on the "30a Mostra Internacional de Cinema" last year in São Paulo, but somehow I left it to see it later... Call me crazy, but this is how I treat movies. Books too. Not the left for later part, but the calling part. I need this supernatural conection with it.
So today I saw it...
I didn't knew what to expect. Never saw a Ken Loach movie before. I don't want to talk about the direction, nor the script, nor the damn photography. I don't think that we can separate these things in a movie... though is very normal that people do so. They didn't even read the script but "The Script is awesome"... come on. It would be like seeing a painting and say "Wow, the scratch is awesome". Now, if you say the story is good... it's another thing. So, I'll say about the film in its wholeness... its unity, its oneness and my feelings.
The movie is a Jewel. "Una joya" or "Uma preciosidade" how me and my south-american friends would say. It has a historical character, in the 1920's, during the british occupation in Ireland. It's centered in a small group (or cell) of the I.R.A. that lives in a small town. For me, its universal. The struggle, the selvagery, is like the Old Testament, there is no room for gentlemans, in this war is eye for an eye. You could place the same elements in a war of the old testament and you'll see the same things, you'll know this is true. Violence generates Violence. The unneeded brute force that militaries do to citizens is just crazy, but the recall that is made 2 times (I think), that these british soldiers were in the first Great War made me think of the consequences of war in a human mind and soul. When the first time the film said this, I knew what to expect... but it's set with brilliancy and almost goes unnoticed, in a good sense. The madness of war is perfectly showed here, and yet it shows the strength of the human soul... in a snap. In a moment you have a half-irish kid in the british army dealing with guilt of killing irishes and sets them free... and then you have the person that was saved, killing a irish kid for treason... In another moment you have 3 women being beaten by british soldiers, and then when they leave, after the small group consolating them, a letter announcing truce, and everyone is happy... It's an avalanche of emotions... Rewinding and speaking of treason, isn't the soldier a traitor? He redeemed himself. The other doesn't have the same chance. And Damien (the main character) knows it.
Every situation in this film is well placed for a repetition. A recall. Showing the same violence being done over and over again. And it's not obvious, but you can sense it. You can place it in Israel, Ireland or Irak. Violence knows no boundaries, it begins with British soldiers vs Irish people, then Irish soldiers vs Irish people, and finally, Brother against Brother. It's a good way of showing this nonsense... you believe that this is revealed step by step but no, since the beggining of the film it's brother killing brother. Human killing Human. There is no divisions or differences. We are dealing with Truth here. No one gets a chance of Life in a war, like Sinead would like to have... and in the end, very subtle, showing Sinead crying from the same point of view when the house got burned, from a impotent point of view, we know that this will repeat itself, as is repeating then.
The film approaches others subjects, themes, emotions and feelings... but I can't do it now... it's too fresh.
I won't put a score for it... never will. You can't put scores for experiences in life, but you can live them. I recommend the experience of seeing The wind that shakes the barley.

19 de dez. de 2007

eu vi

eu vi o sol morrer
e o que aconteceu?
caímos na escuridão
a luz não é para nós
não somos dignos dela
deixe-nos no escuro
onde pertencemos
onde podemos fazer
o que quisermos
construir impérios
destruir vidas
matar todos
em nome do bem
mas nos poupe da sua presença
deixe-nos no escuro
para que nos sintamos bem
com nós mesmos
que essas ações nos orgulhe
e que o povo grite
querendo a cabeça
de todos do povo vizinho
vá e nos deixe
encher-nos de raiva
como queremos
queremos que o mundo exploda
e é isso o que acontece
não podia ser no escuro?
pra ninguém ver?
como um gordinho
envergonhado de seu corpo
mas que come mais e mais e mais
porque...
qual a razão de sentir-se bem?
escrevo essas linhas em pura confusão
em pura escuridão
só porque eu deixo.
Eu vi.
O que você viu?
Eu vi acontecer...
e fiz nada.
e você sabe porque?
Porque eu sou um idiota...
e não faço nada sobre isso.
é como um covarde
que aceita ser covarde
e não sabe que a natureza do homem
é mudar.
tudo é um, mas nunca o mesmo.
a vida também é mudança
a vida vive da vida.

o mundo continua
com o sol iluminando a todos
poucos os que se deixam iluminar
e não há porque culpar
ou jogar pedras
naqueles que por instantes
perdem a fé
principalmente neles mesmos...
dói, é horrível de ver
uma alma desamparada
mas os frutos que vai gerar
são lindos.
isso...
eu também vi.

16 de dez. de 2007

silencio

.



silencio, silencio...
alguém ainda faz silencio?
e fala mais sobre você
do que jamais imaginaria
nem as palavras
nem as imagens
nem as musicas
sao tao fortes quanto o silencio.
o silencio tem que ser respeitado
as pessoas deveriam aprender
não a se calarem, mas sim a fazer silencio
e saber o ponto quando ele deve ser quebrado
assim como uma colheita
temos que saber quando colher
como diz a Biblia
"os campos já estão brancos para a colheita, para colher-los"



espero que você tenha olhado esse espaço em branco em silêncio

13 de dez. de 2007

A day at the park (*black)

(...)

eram dois
então viraram um
sonham juntos
vêem o mesmo
sentem
sabem

se completam
em uma eterna divisão e junção
sem parar
como gotas
que se dividem e voltam a se encontrar
em uma unidade perfeita
assim como os rios
e os oceanos
como o tempo
como os sonhos
como o universo
o amor

neste dia no parque
tornaram-se conscientes d...

(...)

9 de dez. de 2007

El cordón desatado



Galera, aqui vai o primeiro curta de Marcelo Vazquez... um grande amigo Argentino :D
o curta fala sozinho... dou pontos extras a musicalidade e ritmo.
Marcelo, te felicito :D
Abraços e até março!

7 de dez. de 2007

confesion of a burro

HAao¡¡¡
tive uma prova hoje... de Direcao.
nao estudei nada... e nao preparei tema algum.
eu jurava saber hahahahaahahahah
mas as caras de Cu das 2 professoras me dominaram
com desculpas: o sono tbm... e muito.
nao consegui falar nada.
qualquer pergunta que fizeram eu dizia: ahnnnnnnn.... hmmmm... creo que... hmmmm...
No sE¡
incrivel.
incrivel incrivel incrivel...
mas, incrivel mismo, senti que tava tudo no caminho certo
Hauhauhauhauahuahuahuahuahuahhau
dale burro.
enfim, me sinto ignorante hoje.
coisas mais basicas... inerentes a mim... e nada.
pergunta meu nome: Ahn? ah¡ Aron.
lesgral v;ei.ç
que reiva...
despedidinha hoje e dps de amanha im back!
bjos from a stupid, stupid, dumb, man.

6 de dez. de 2007

Solitário Sancho

Era uma noite estrelada. Dessas que as pessoas costumam a escutar sobre, mas raramente presenciam, principalmente nos dias de hoje... E é exatamente por isso que essa noite era estrelada.

Sancho viajava sozinho junto ao seu pequeno cavalo chamado Cavalo. Realmente não estava sozinho, acompanhado do seu cavalo amigo, mas como ele não obtinha respostas, ele se considerava sozinho... Nessa noite, Sancho, viajando sob as estrelas do norte, se nominou Solitário. Ele disse ao ar e ao vento, como se concluisse um capítulo de sua vida: “A solidão não é um fardo”. Sancho se sentia sábio... Se embriagou de sabedoria... e imaginou se os três Reis sábios se sentiram, ou se sentiam, assim. Nessa noite, Sancho se deu esse direito.

As estrelas já não eram as mesmas... mas a luz, era igualmente brilhante. O mundo mudava enquanto cavalo caminhava... mas a paisagem, era igualmente bela. Não se via muito... mas o que se via, era realmente belo. E nessa sensação estranha, contemplando o mundo escondido, levemente iluminado, apenas exibindo tímidas silhuetas... Sancho sentiu falta do seu querido amigo. Seu amigo, seu único amigo... como fazia falta... e enquanto seu peito se enchia de melancolia... o vento não permitia e apagava essa tristeza lentamente. Sancho sentiu esse dedo invisivel, e, justamente, achou que era seu querido amigo. Mais uma vez, Sancho sentiu-se sábio e disse ao seu amigo: “A solidão não é ausencia”.

O sol já começava a dar sinais de vitória sobre a noite... mas as estrelas ainda estavam lá emcima, olhando para Sancho. Sancho olhou para elas de volta... e voltou a pensar em seu amigo distante. Dessa vez não havia vento nem toque invisivel, Sancho chorou por seu amigo... cavalo andou mais devagar... o mundo não parou de mudar e as coisas estavam ganhando cores e perdendo suas misteriosas silhuetas... Sancho tentou se segurar, mas, como a sabedoria que o havia tomado horas atrás, embriagou-se de emoção... encheu o peito de alegrias e tristezas... com seu nariz apontado para o céu, de olhos fechados ele chorava e ria, as lágrimas escorriam pelos dois lados do seu rosto... Seu coração parecia que ia explodir... ele sabia... e cavalo também... mas eles nunca pararam.

Sentia falta da coragem do seu amigo... A sabedoria apareceu mais uma vez... o sol já aparecia timidamente no horizonte, secando o rosto de Sancho. Não havia conclusões ou afirmações. Sancho não disse nada para o vento, ou para as estrelas que desapareciam ofuscadas pelo forte céu azul... Sentiu uma saudade estranha da sua cidade, sua civilização e de sua casa... sua família... mas sabia que já não existia. Inflado com sabedoria... Agradeceu e, sem despedir-se de cavalo, sozinho, começou a andar em direção ao sol. Ele já não era solitário.

O cansaço era extremo, mas agora já não importa a ninguém.

A guerra havia terminado...

5 de dez. de 2007

The air you breathe tonight

look up and feel the sky
breathe and feel the night

que incrivel
essas coisas coisas coisas
que incrivel
essas coisas coisas coisas

inspiracion para un nada
tan libre, tan nuestro
muerte, muerte, muerte
hay vida en la muerte

I look, I seek
you seek, you look
its in our breath
its in our death

ah, a beleza dessa noite
a luz do dia
ja se foi
e a falta dela
escurece...
e estranhamente
me aquece.

the sun
our sun
not above
not bellow

my son
light the sky tonight
with your smile
your laughter
your anger
your sadness
your mind
your heart
let it be...
above all
be

hijo
respire fondo el aire de esa noche
quizás sea su ultima.

28 de nov. de 2007

adios... por ahora. (o, una tentativa)

Te crees eso?
Sí, lo creo con todo mi ser
Amas esas cosas?
Sí, amo con todo mi ser
Qué es lo que amas?
el sol cuando salgo de casa,
parte en dos el piso de concreto
y me llamas a un mundo secreto.
Que mundo secreto?
ese mundo... sólo mio. tuyo.
de todos.

Te crees eso?
Sí, creo con todo mi ser
Y porque?
Yo no se...
es algo raro...
una verdad gritante
Y cual es esa verdad?
La verdad es...
Te quiero...
con todo mi ser, te quiero.

No temes que sea malo?
no... no hay que temer.
nada?
Nada.

20 de nov. de 2007

El Desconocido

Depois de longa espera... está terminado... "El Desconocido" :D
Espero que vocês gostem!



Obrigado a todos que fizeram, ajudaram e apoiaram!!
Beijos!!

links das diferentes etapas de "El Desconocido"
- "El Desconocido" - Sí!
- El Desconocido - pt. 2
- El Desconocido! - pt. 3
- Sem nada para escrever (em off)
- El Desconocido! (Rumo ao)
- Teaser "El Desconocido"
- Fotos da Rodagem!

14 de nov. de 2007

passou da meia-noite

seja honesto sempre
principalmente com você mesmo
e com os que você ama.
Jesus! eu lhe pergunto:
com todos os assuntos?
Jesus. eu me respondo:
só com os que te perturbam
e que perturbam aos outros.
Jesus! eu me engano:
serei honesto só em tempos ruins?
serei honesto só quando aparecer o problema?
Jesus! isso é burrice.
parece técnica de político...
e, Jesus, a Vida não é política.
é por isso, Jesus,
que a vida as vezes parece tão estranha?
tratamos os que amamos com um medo tão grande
serão eles os que tememos?
Jesus, eu temo.
Jesus, o amor... Jesus... o amor.
o amor não teme.

já passou da meia-noite...
e o demonio me contou:
você não ama ninguém,
você não ama ninguém.
eu não quis escutar.
eu não quero escutar.
mas a minha espinha treme ao escutar.
ao me escutar...
você teme,
você teme.

O amor não teme...
lembre-se das palavras
Nada foi, nada será
Tudo é.

Vida e morte?
Amor e ódio?
Vida e medo
Amor e medo

Medo, medo, medo
Demonio da meia-noite
Vá, e não volte mais.

Não temas,
Ame.

Diga a verdade
o seu coração
a sua alma
no amor,
você nunca está sozinho
na verdade,
você nunca será falso
na alma
você nunca vai errar
se alguém te abandonar
é um espaço pra alguém te amar
se é que existe erro...
será um erro verdadeiro.

não temas,
Viva!
não temas,
Erre!
não temas,
Ame!

Um pouco de honestidade

Já me disseram
que o mais dificil
é ser honesto
consigo mesmo.
Não nego a dificuldade
mas creio que o mais dificil
é ser sincero
com os que você ama.
Como comparar
você dizer a si mesmo
Esse sou eu, com
você dizer a um amado
Esse não sou eu.
Como dizer
que essa musica
que você diz tanto ser pra mim
não ter nada a ver comigo?
que os seus sonhos quebrados
não são os meus.
Como dizer
pra uma pessoa que
você ama mais do que tudo
Me esquece, e conheça
o verdadeiro Eu.
Vocês sabem...
elas são as primeiras a ajudar
querem mais do que tudo ajudar
E agora eu não sei mais...
se é por ajudar, por amor,
ou por sentir falta de ajudar,
de estar perto,
de se sentir útil para o outro.
Antes que você diga a alguém,
esse não sou Eu. Me esquece,
você não Me conhece...
procure, dentro de você
e dessa pessoa
o porque.

por essa e outras acho dificil
encontrar esse pouco de honestidade
para dizer: você não me conhece.
mas eu te amo.

13 de nov. de 2007

Gamma Ray - Beyond The Black Hole

"I have come from so far away
From the sunlight of my home
And I have seen it's the only way
Now my sun is dead and gone

I raise my head in silent anger
Seems there is no place for me
The only way out is to go
Where no one's gone before

Fly - Beyond the gates of space and time
Another universe is mine
And I can't wait until tomorrow
Ride - There's a call from deep within
No I won't return again
`Cause I will dive into the black hole

Don't wait for me, 'cause I won't come back
Oh don't wait for me, no I won't come back
Oh don't wait for me, no I won't come back
Oh, oh, oh ...

Thunder and lightning and fire
Are guiding the trip of my life
Insatiable burning desire
As into the unknown I dive

I raise my head in silent anger
Seems there is no place for me
The only way out is to go
Where no one's gone before

Fly - Beyond the gates of space and time
Another universe is mine
And I can't wait until tomorrow
Ride - There is a call from deep within
I know I won't return again
`Cause I will dive into the black hole

Don't wait for me, 'cause I won't come back
Oh don't wait for me, no I won't come back
Oh don't wait for me, no I won't come back
Oh, oh, oh, don't wait

There was a trigger, for my decision
It's right behind my eyes
Into the darkness of my vision
I let my spirit rise

I wanna see the black hole, into the dark
I wanna dive into the black hole, down into the dark
Into the black hole, into the dark
Into the spiral, Into the dark, the dark, the dark

If there's a possible chance for something that can be
Called future behind the spiral
The only way to find out, is to leave the final frontier
To eternity and fly

I will fly - Beyond the gates of space and time
I leave the universe behind
And I can't wait until tomorrow

Fly - Beyond the gates of space and time
I know the universe is mine
`Cause I will dive into the black hole

Ride - And there's a call from deep within
I know I won't return again
`Cause I will dive into the black hole

Don't wait for me, 'cause I won't come back
Oh don't wait for me, no I won't come back
Oh don't wait for me, no I won't come back
Oh, oh, oh, don't wait"

11 de nov. de 2007

All About Eve


Assisti hoje de madrugada All About Eve (A Malvada no Brasil e La Malvada aqui na Argentina). Tenho visto muitos filmes ultimamente... e com a sorte da maioria me tocar. Não é impossível, mas não consigo expressar minha gratidão por esses filmes... esse amor que chega... é bem estranho. Alguns me invadem, me fazem girar sobre mim mesmo, me mudam completamente. Enfim, não consigo expressar... e sou muito, muito grato por isso. Não sei porque. Mas sou!
Posso situar All About Eve nessa categoria de filmes.
Não vou escrever uma crítica sobre o filme. Acho que não tenho essa veia. Vou escrever sobre algo... não sei o que ainda. Coisas técnicas: IMDB. Não vou me reter nisso. Só dizer que Joseph L. Mankiewicz é um mestre.

All About Eve é maravilhoso. Se não fosse a tradução estupida do titulo, eu teria duvidado da integridade da personagem... na verdade, eu duvidei. Cheguei a achar que era boazinha mesmo. Oscilamos com a paranóia de Margo... é real ou não? Paranóia construida com maestria que nos deixa, mesmo que por instantes, levemente paranóicos. Não, o filme não é sobre paranóia, nem de perto.

Parece mais uma dança folclórica, aquelas que você dança dando voltas e sempre trocando de parceiro, até todos se alinharem e voltarem a ficar sozinhos, encarando sua dupla original. Que analogia barata! Hahahahaha :D Mas posso continuar com ela. Em Citizen Kane, a sensação é quase a mesma... em Kane, dançamos a mesma música mais de uma vez com diferentes parceiros, fazendo com que a dança seja diferente a cada vez, em Eve, dançamos uma só vez com multiplos parceiros, e a troca é tão sutil que quase não percebemos.

Além disso, as pessoas Virais. Virais não... Sanguessugas? Não encontro a palavra certa no momento... hahahaha... Mas são aquelas que grudam em você e sugam sua vida. Parasitas! Não quero traduzir esse ou qualquer tema ou idéia aqui: Recomendo assistirem ao filme. Só quis dar a dica. Confesso que é meio óbvia a dica, mas é (quase) sempre no óbvio que reside o importante, e por ser óbvio que deixamos passar sem notar. Como o bem e o mal como forças naturais do universo, e das pessoas. Não há conflito por isso. Há reconhecimento e entendimento, o que não significa que terminam por conviverem, apenas coexistem. (Talvez sim, no infinito). A auto-reflexão sobre as pessoas do meio - Teatro e Cinema - e também, talvez, a profetização do futuro de alguns dos atores do elenco e do próprio meio... simples e despercebido.

O filme é maravilhoso e te deixa com muitas perguntas. Poucas sobre o filme, mais sobre você e o mundo. Isso pra mim é (uma das evidencias de) gênio. E a cena final... Oh!!!!!

Beijos!

7 de nov. de 2007

breve viagem

Ele estava sentado, com a cabeça apoiada na janela de vidro.
Não pensava muito, no momento o motor não deixava.
Pancadas provocadas, o rapaz se irritou facilmente...

Ela subiu os pequenos degraus.
Deusa. Sem lugar para sentar, ela ficou de pé ao meu lado.
"Vamo pra minha casa faze um sexo gostoso?"
Casa comigo. Eu cuido de você."
"Mentira!.."
Era muito comum. Tão comum...
"... eu ia é te fazer em pedaços"
Mutilada. Morta. Sem alma.

Mentira!

O rapaz cansou-se da ilusão
foi em frente, levantou e perguntou...
"Quer sentar?"

27 de out. de 2007

Diários: pt.1

Venho com este post a apresentar um novo projeto.
Sim... "El Desconocido" está parado (estou esperando as cenas do apagão e da luz voltando que meu irmão Abraham já está fazendo). Mas já está tudo pronto... só falta mesmo essas 2 ceninhas vitais.
Enquanto isso quis botar pra frente uma idéia minha...
Se chama "Diários". É uma trilogia de curtas onde cada curta é um personagem, num mesmo apartamento. As partes se chamam "Aron", "William" e "Yamila". Não quero explicar as premissas... nem a idéia geral por detrás... isso é o que eu quero que vocês me expliquem :D
Enfim, "Aron" está completo! E porém, "Diários" está incompleto... o que venho pedir - porque isso é um blog - é: meditem sobre o incompleto.

E ai está: "Diários; pt.1 - Aron"



e obrigado Nicolas por ajudar, tomar um banho de chuva e fazer a camera... e a Juan Daniel por emprestar sua camera :D

23 de out. de 2007

o vento

me convida a imaginar
a sentir e a sonhar
o vento me diz coisas

a excitar todos os sentidos
uma explosão sexual
o vento diz que me ama

me leva a outros mundos
tão seus e tão meus
o vento me diz que somos um

a luta pela manhã
um boas vindas querido
um prazer infinito
eu e o vento fazemos amor
e deixamos filhos
a nascerem sozinhos
a morrerem juntos
e voltarem ao vento
num infinito segundo.

essa intimidade

essa mulher linda
a ser encontrada
onde está?
nossa intimidade
tão bonita
que me deixa dizer
o quanto ela me faz bem
essa intimidade
tão sincera
que me impele a dizer
o que não está bem
que intimidade é essa?
que me faz sentir
um com ela
completo
meu amor,
viajo a te encontrar
eu te sinto tão perto
mas ainda imagino
onde estás...
essa intimidade
tão honesta
que me faz sentir
incompleto

14 de out. de 2007

Imortais

Seja forte meu caro amigo!
Agradeça aos céus
Pela família
e os amigos
Pelos amores
e as paixões passageiras
Pela simples atração física
a fagulha divina
Pelas pessoas felizes
que compartem suas alegrias
apenas sorrindo
Pelas pessoas tristes
que sentem e choram agora
compartindo suas emoções...
Todas elas dão vida ao mundo
Sorria
sua tristeza é passageira
e seu amor é eterno
Somos imortais.
chore o quanto quiser
viva o quanto puder
O mundo te quer
seja você
de bom coração
e se entregue...
A jornada apenas começou.

5 de out. de 2007

El Desconocido! (Rumo ao)

Sim! Terminamos de gravar "O Desconhecido" e nao sei por onde começar, entao me parece lógico começar do começo...

"O Desconhecido" foi um dos 7 escolhidos a serem feitos na aula de Dirección I. Isso fiquei sabendo no 2º dia depois de ter voltado do Brasil... e nos deram datas para a gravaçao que ficaram pros dias 1, 2 e 3 de Outubro. As datas pré-estabelecidas sao porque nessas datas estamos autorizados a faltar nas aulas e a alugar os equipamentos da faculdade nesses 3 dias. (perdoem a falta de Tils porque nao consigo encontrar nesse teclado!) Entao tive 1 mes e 1 semana para preparar o curta: Escolher produtor, assist. de direçao, camera, dir. de fotografia, dir. de arte e alguém para o som (sonidista aqui). Encontrar locaçao, ator, objetos necessarios, fazer plantas de rodagem e fotografia, plano de rodagem e etc... Fui um pouco apressado e escolhi pessoas que se ofereceram p/ arte e fotografia... O que escolhi a dedo foi produçao, que ficou para Sulia Folli e Violeta Campanela que desde o começo se mostraram muito dispostas e querendo ver o curta feito, assim como o assistente de direçao Nicolas Agarzua, que sempre esteve do meu lado e me ajudou muito em tudo. Agradeço desde já o esforço e o apoio deles. Foram essenciais e muito amigos...

Bom, 1 mes depois (perdoem a elipse), tudo estava preparado... A locaçao estava escolhida e ficava em La plata (1 hora e meia de Buenos Aires) num prédio abandonado que é do tio da Violeta. Nao tinhamos eletricidade, agua e nem gás. Nada era seguro, nada com certezas... Tudo estava incerto! Todos inseguros... Hahahahaha e isso foi um frio na barriga delicioso. Nessa semana antes de gravar tive que apresentar na sala todo o projeto... E uma semana antes os 2 professores de direçao sairam da faculdade! E ai entrou uma professora que é muito boa ( Inés de Oliveira Cezar). Interessada no projeto e no que os alunos fazem e pensam... Quer ensinar! E deu uns insights bons pro projeto... O que me arrependo da apresentaçao foi que tive que mentir sobre a equipe... tive que pegar 2 amigos na hora e falar que eles seriam camera e o outro faria o som. A apresentacao foi boa... otima na verdade... amei, nao sei porque. Um dia depois, na quarta-feira, 4 dias antes da gravaçao, a diretora de fotografia e o diretor de arte sairam do projeto. Nao guardo rancor nem nada disso porque, bem, honestamente, eu queria que eles saissem mas pensei que o clima melhoraria e que eles iriam ter vontade de fazer o curta... entao tudo saiu como eu queria afinal. E isso me confirma que um tem que seguir seu instinto, seu coraçao, sempre. Nao importa o que!

Ai surgiram pessoas amigas de verdade... que queriam fazer... queriam ir a La plata com tudo, sem saber se teriamos eletricidade, agua ou gas... e que estavam dispostos a isso! A dormir no chao todos juntos! Que emocao! Foi muito lindo... ver essas pessoas ajudarem e quererem fazer cinema! E nisso agradeço aos nomes já citados acima e adiciono os de Juan Daniel Férnandez, Eric Barenboim, Christian Crochi e Facundo Leone. Vocês, se algum dia resolverem aprender portugues e vierem a ler, Eu agradeço de todo o meu coraçao!

E segunda-feira, dia 1, fomos Eu e Sulia pegar os equipamentos da faculdade e ir a La plata... levamos tudo e encontramos com Nicolas e Violeta que ja estavam la para receber um eletricista para ver o que fariamos. Chegando la arrumamos tudo e esperamos o eletricista chegar... Bom, o eletricista veio... E resumindo, deu tudo certo. Nao tivemos que fazer nenhum gato nem nada, foi tudo otimo com a luz, agua e gas. Ao final, de ir ao desconhecido (han-han), deu tudo certo. Esperavamos o pior e recebemos o melhor. Deliciosa a sensaçao.
A noite chegava... e tinhamos que filmar tudo a noite! O ator que escolhemos (nao foi o que falei no post passado) vive em La plata e só podia das 22:30 pra frente. Se chama Francisco Sendra e foi muito gente boa, com algum talento, mas acho que nao era muito experiente, mas superou as expectativas e um pouco mais. Muito legal. E sim, filmamos todos os dias de madrugada.. das 22:30 até as 5:30 todos os dias. Estavamos ja só nós 4 a fazer a fotografia e arte e Juan Daniel (camera) chegou todo encharcado! É! Estava chovendo torrencialmente... hahahahahaha e aí quando todos se desesperavam sobre esses fatores incontrolavéis eu dizia, o que vinha dizendo desde o 1º dia: Nada é impossivél. E adicionei: se acalmem que a chuva vai parar... Surpresa: ela parou. Mas voltou as 4 da manha, o que nos parou nessa 1ª madrugada mas acho que foi pro melhor. Nesse 1º dia fizemos tudo nós 5... e honestamente esperavamos que no próximo dia seria igual.

A gravaçao foi marcada por sorrisos de surpresa por parte de todos... de um lado porque ninguém acreditava que era possível e do outro porque ninguém acreditava que estavam a fazer mesmo. Todos foram excelentes. Sem excepçoes. Todos. E no que digo todos, sao todos! porque no 2º dia chegaram o resto... e tudo de noite. Hahahaha foi lindo. Eric e Crochi em fotografia já chegaram e começaram a trabalhar de cara... Eu fiquei um pouco receoso no começo mas deixei acontecer... e foi otimo trabalhar com eles. De novo: Excelentes. Juan Daniel como camera tambem, excelente, e me ajudou a combater minha propria preguiça e cansaço (ele estando um pouco mais cansado que eu) e a gravar tomadas de segurança... Fora o nível de paciencia e educaçao que eu pedia a todos... Eu queria que tudo saisse muito bem... e todos colaboraram com essa meta. Foi ótimo. Segundo dia fizemos a cena mais dificil primeiro e deu tudo certo. Foi muito divertido e cansativo. Levamos muito a sério tudo... e terminamos o dia bem, excedendo o que queriamos e gravamos cenas que estavam planejadas pro dia seguinte.

Ultimo dia foi o mais sussegado, sobrando 2 cenas a serem gravadas... mas com a iluminaçao um pouco mais complicada! (verao o porque depois quando estiver pronto). Como estavamos mais leves com o tempo (e clima, ja que nao voltou a chover a noite), fizemos com mais calma... mas a pressao do ultimo dia atingiu a todos e vimos que tinhamos que correr do mesmo. A ultima cena foi a mais complicada de todas. Levamos quase 2 horas pra gravar ela... e ao final Francisco nao aguentava mais. Estava completamente consumido pela fadiga... assim como todos os demais. Mas conseguimos fazer tudo. Tudo que planejamos serviu... mas sim, era tudo muito inseguro... Era a sensaçao que espero que o curta passe... e vivemos isso em nossas peles.
É demais. É muito bom. É muito gostoso... É um extase fortissimo... e como um diretor uma vez disse (nao lembro exatamente as palavras): "Filmmaking is a drug. The cure for filmmaking is more filmmaking". Estou viciado, drogado e apaixonado. É isso. É o que eu quero pra minha vida. É o que eu vou fazer. É o que eu sou.

Tenho que editar, sonorizar com o Facundo, e meu amigo Marcelo (o mais novo integrante desse curta) vai compor a musica. E também meu irmao Abraham vai fazer a cena do apagao! Hehehehehe :D Entao falta um pouco... mas logo mais estará completo. Finalizado e Nascido.

E o que tenho a dizer? O que mais me surpreendeu é que O Desconhecido vem de longa data. Comecinho de 2006... e ele veio pra nascer. Acho que uma idéia concebida é igual a um grande medo: tem que ser superado. Nesse caso, tem que ser realizado! Igual a vida: tem que ser vivida, nao importa o que! Esse roteiro, 1 ano sem ser tocado, veio a mim de novo e reclamou vida.

Nao tenho opinioes de como vai ficar. Bom ou ruim. É meu e é nosso. De todos. Que seja cuidado com amor assim como foi feito.

Acho que só. :)
deixo aqui 2 links do Blog de Juan Daniel sobre sua experiencia no projeto (tem fotos!):

- "Hombrecamára en El Desconocido de Aron"
- "La nueva película de Orson Welles"
- "Fotos de O Desconhecido"

E os posts anteriores pra quem quiser!
- "El Desconocido! pt.3"
- "El desconocido - pt.2"
- "El Desconocido - Sí!"

Ah! fizemos um making of... hahahahaha é mais assim: levei minha camerazinha de turista e deixei na mesa e disse pra todos que sentirem vontade é só pegar e gravar. Nao sei se eu vou editar isso... nao sinto vontade! Quero que alguém faça. É algo que quero ver... :D

Depois vou por um link pro album de fotos! (ainda nao existe um...). Mas deixo essa que o Facundo tirou com seu celular.


Eu, Juan Daniel y Eric muerto.

Listo! Gente... muito, muito, muito obrigado pela força e apoio... pra todos que desejaram Boa sorte e deram força... saibam que voces ajudaram mesmo. Em muitas e inumeras horas... Vocês que estavam ali me ajudando.

Um enorme obrigado e abraço à toda a Equipe de "El Desconocido"! Vocês sao fodas!!!

Um ENORME beijo!!!
Aron.

30 de set. de 2007

Sem nada pra escrever

É bem isso... mas queria deixar aqui que eu tava afim de escrever mas nao tenho nada a dizer.
Esperando o amanha... e esse Domingo escorre pelo ralo como a agua do chuveiro com o sangue de Marion Crane.
A pasta está feita e assinada por todos. O sacrificio está completo.
Rumo ao Desconhecido.

(Desculpas!)

Estou explodindo :D hahahahahahahaahahahahahahahahaha
Beijos!!!

17 de set. de 2007

Tchau Kalandra...


Com grande pesar que venho me despedir da Kalandra...
Ela morreu hoje, perto das 11 da manhã... Caiu na piscina e se afogou... :(
Mesmo jeito que o Samuca do Fubin... coincidencia chata...

Te amo pra sempre Kalandra...
sei que nos ultimos tempos não dei muita atenção... e agora, já não adiantando mais, peço perdão por isso... Te amo como uma irmã.
Você ensinou muito.
Um bjo eterno nesse pescoço loiro cheroso e totoso...

15 de set. de 2007

Feliz Aniversario!

Ontem foi aniver do Gui, tambem um gigante, como ja desejei no post passado... E hoje, 113 anos atras, nasceu um dos maiores de todos...

Jean Renoir com Julien Carette.

Nao sei expressar o quanto ele e seu trabalho fizeram e continuam fazendo impacto em minha pessoa em todos os niveis. Agradeço a Jean Renoir por tudo. Obrigado por ter existido... Sua vida continua em suas obras eternamente. Apaixonando e ajudando pessoas por todo o mundo. Um verdadeiro mestre...


Outro chamado na madrugada
Cheio de amor e vida
De um irmao para outro
Inesquecivel
E sem palavras
sem contos ou historias
apenas imagens e sensaçoes
verdadeiramente inesquecivel
e me sinto mal... parece que
O presente foi pra mim.

Como no sonho... Eu brindo a Jean Renoir!

14 de set. de 2007

El Desconocido! pt.3

Acho que essa é a ultima noticia que vou por antes de rodar... Faltam só 2 semanas agora... Ansiedade cresce esporadicamente.. mas cada dia que passa vou ficando mais seguro. Está tudo andando muito bem. A equipe que juntei também a cada dia que passa me da mais segurança... mais confiança pra ir pra frente! Muito goxtoso aih... :D
E bem, hoje conheci um ator chamado Emanuel. Meu... que coisa boa. (nao ele... uhauhahua)
Foi bem estranho... Nao pedi pra ele fazer nada... ou coisa do tipo. Apenas conversamos.. queria conhecer ele. Conhecer como pessoa... Mesmo sabendo que em poucos minutos nunca daria pra conhecer... as vezes nem uma vida toda... mas eu queria sentir ele. E acho que ele percebeu isso... ele via o que eu via nos olhos dele. Ele sentiu também a conexao... e se entregou. Seus olhos pareciam portas abertas, deixando tudo passar... O que fez disso uma experiencia bem unica... Amei de fato conhecer ele... E nao vejo a hora de conhecer mais atores vivos assim... Que conectem. Que se deixem levar. Sem medo...
Mostrei o roteiro.. e já na 1a pagina ele parou de ler e fala que gostou muito. Só daquilo, ele começou a falar o que ele mesmo tinha vivido... que foi algo muito parecido... uma sensaçao muito igual... E ai que os olhares aumentaram... Porque acho que ele sabia que tava falando com alguem que ja sentiu as mesmas coisas. Ele nem terminou de ler, e já foi dizendo tudo o que aconteceria no resto do roteiro. Nao que ele adivinhasse a trama e o final... Mas sim o que o personagem sentia e o que acabaria fazendo. Aonde explodiria a coisa. O ponto culminante. E isso me surpreendeu muito... Ele era o personagem. E ficou muito, muito interessado... e quer fazer mesmo o curta... Fiquei bem feliz. Meio surreal.
Mas! problemas... a rodagem sao nos dias 1, 2 e 3 de outubro... e bem nesses dias ele tem que voltar a Mendonza... mas vamos ver no que vai dar. No meio tempo vou conhecendo mais atores. Veremos! Do mesmo, nao sei ainda do seu talento... mas acho que o papel nao pede muito. Vamos ver.
Problemas da locaçao também estao surgindo... Principalmente com a eletricidade do lugar pra aguentar nossos fresnels e minipans... Mas vamos superando...

O proximo post sobre O Desconhecido será o video ja na internet. :D
De resto... está tudo bem. :D
Talvez sair um pouco hoje... e amanha ver "Inland Empire" do David Lynch.

E pra finalizar... Feliz Aniversário pro Gui!!!
Bjundas!!!!!

8 de set. de 2007

Que dia malavilhoso!

E ele apenas começou!

Foi estranho o acordar
Levantei na hora que o galo canta
para certas necessidades
de quem bebeu muito horas atrás
E no mesmo momento em que retorno a cama
A chuva me deu um beijo
Simples e gentil
Na hora em que deitei
Ela começou a chorar suavemente
a chuva da saudade
a chuva do amor
da paz e da calmaria
e voltei a dormir...

Afogado em sonhos deliciosos
eu vi todos os que eu amo
todos
e eu senti eles em cada instante

abraços e beijos
em um mundo totalmente nosso
maravilhoso... e real
muito real.

um presente da chuva...

simplesmente delicioso
como uma criança
que come um pote de danete
em só uma colherada...
realmente delicioso.

e quando acordei
uma atmosfera estranha ao meu redor
o ar estava como a agua
e mesmo sem vento
uma brisa no quarto me deliciava
com gosto de praia
de infancia
e tudo o que pude fazer...
foi sorrir.


acho que foi um sonho mais forte do que os que nos contam algo... foi um que me fez sentir na pele... que estamos sempre juntos... que um nunca está realmente sozinho...
um presente da chuva... com muito amor, de verdade.

besos :D
hahahahahahahaahhaahahahahaha

2 de set. de 2007

Triste saudade

Ela vem sem anunciar
Melhor, nao vem
já está...

E esses versos que se contradizem
que agonia de escrever

mas, à saudade...
Hoje ela me assombrou como nunca
Hoje, ela me entristeceu.

sempre gostei da saudade
ela sempre foi gentil comigo
sempre me trouxe boas memórias
me trazia as pessoas de longe
à minha presença
ela me mostrava
a outra cara da ausencia

ainda gosto de acreditar na sua gentileza
acho que hoje ela se aliou a solidao
e o meu medo...

mas... tudo está bem
e só consigo imaginar
eu falando "to triste hoje"
pra um amigo, um certo amigo...
que me responderia
"mas porque porra?"
com doçura e sem duvida
porque ele ja sabe a resposta
e a soluçao.

como eu te amo...
como eu amo voces...


como eu gostaria de nao estar escrevendo isso
as palavras, alem de amigas, me entristecem...

prefiro o mito...
prefiro as historias...
prefiro as imagens.

um dia, tudo isso aqui vai voltar ao seu estado original
a sua imaterialidade devida
pra eu mumificar e eternizar...
em uma expressao
realmente verdadeira.
realmente minha.

Saudade... Saudade...
que Saudade.

30 de ago. de 2007

El desconocido - pt. 2

Estamos a 4 semanas da data oficial de rodagem. Já escolhi minha equipe... não adianta dizer os nomes aqui, ninguém os conhece... e já vão estar nos créditos. São 2 produtoras, 1 assistente, 1 diretor de arte e 2 de fotografia. Amanhã vamos nos reunir e discutir todo o projeto. Definir metas e prazos. Vamos planejar o Casting também. Tudo está indo nos conformes... Espero ter tudo pronto 1 semana antes da rodagem. Produção bem planejada e direção também, mas com aquela portinha do "set" sempre aberta.
Agora aos Devaneios...
O roteiro fiz sem me limitar. Na verdade, quando escrevi, pensei que eu não necessitaria muito, mas eu estava errado. A locação é o nosso principal problema a ser resolvido. Tenho a consciencia de que não vai ser a que eu esperava, mas romanticamente penso que vou encontrar a ideal. Todos os planos dependem do lugar... Tenho tudo planejado e pensado para uma locação imaginária. Tudo pode ser filmado. Mas sei que não vai sair do jeito que eu imaginei a priori. Porque? Por ter imaginado, ao escrever o roteiro (a tempos atras), em dirigir em um set, onde tudo é controlavel, e não em locação. Então estou prevendo mudanças no roteiro e principalmente no ritmo e clima do curta. Não é desesperação nem medo. Pode parecer, a certo ponto, um certo tipo de desistencia; Asseguro que não. Vou fazer o maximo pra sair como foi primeiramente concebido. Sinto que ele esta ganhando vida própria... e o que tenho que fazer é estar atento as mudanças que ele pede. Escutar o rio. :)
Que seja vivo! É tudo o que peço. É tudo o que quero.
Quem quiser ler o roteiro é só me pedir que envio por e-mail.
Bão?!
Paralelamente estou escrevendo uma série de 3 curtas de +- 5 minutos cada... Acho que vai ficar legal. To pensando no titulo "Diarios del Departamento", onde a gente veria rapidamente a passagem de 3 pessoas diferentes no mesmo apê. Parece vaga a idéia, mas garanto que aí tem algo.
Beijos às minhas pessoas do coração.

21 de ago. de 2007

"El Desconocido" - Sí!

Bom! Muy bien!
Seguinte... Antes das férias de Julho, na faculdade, tivemos que fazer um projeto individual pra "Dirección I": um curta próprio! mas eramos pra fazer só a pasta: roteiro literario, técnico, storyboard, argumento, etc...
E de todos da classe, só seriam selecionados 6 (ou 7) pra serem realizados. É um trabalho curricular. Aprovado pela faculdade e reconhecido como produção mesmo... Com datas estipuladas e subordinados da sua classe a vontade... Fiz e fui pro Brasil!
Agora, na primeira aula de Dirección I pós-férias, o prof. anuncia que o meu projeto "El Desconocido" foi escolhido! :D
Tenho 5 semanas pra fazer. Ainda não escolhi a equipe que vai trabalhar comigo mas já tenho algumas pessoas em mente... Hahuahuauhauh estou beem empolgado... Dia 1 a 3 de outubro são os dias oficiais de rodagem. Data perfeita... mas tenho que correr atrás de tudo já. Agora! Já!
2 semanas antes da rodagem terei que fazer uma apresentação com um Fotoboard digital e explicar foto por foto o que eu quero exatamente no curta. É o curta em fotos. Sem movimento. Cena por cena. Quadro por quadro. Vai ser muito gostoso... huahuahuahua e acho bom também porque já vou lidar com problemas que lidaria na hora da rodagem... acho que vai me deixar melhor preparado.
O curta, "O desconhecido", é sobre um homem sem rumo que testemunha um 'possivel' assassinato... E, simplificando, é baseado em volta da hesitação dele de ir ajudar ou não. De fazer algo. O medo do desconhecido...
E essa é a hora de trazer essa velha ideia pra vida.
O desconhecido nos aguarda :D
Bjos!!!

19 de ago. de 2007

Metal

Sim!
É um post pra todos!..
Vim ressaltar algumas Letras de certas músicas de certas bandas... porque eu amo demais elas e me dói ver essa fonte de pensamento e força serem tão mal julgadas.
Aqui, a poesia, a vida, o amor e o humanismo tomam grande força.

"Tell me what you can hear
And then tell me what you see
Everybody has a different way
To view the world

I would like you to know
When you see the simple things
To appreciate this life
It's not too late to learn"

Iron Maiden - Different World

"If we could focus on important things
Live and let live true freedom, not everyone's the same
No more war for your god, no more war for your race
It's our world, it's what we make it
Make it a better place

Oh, you ought to know
Oh, you ought to know

We can change the world that we're living in
Live and let live true freedom
Let the reign begin"

Iced Earth - Consequences

"What is left behind the ice,
behind the make up and the lies
Tell me what goes on inside our minds,
There is a hole in our sky,
getting bigger, growing wide
No more answer, but we hold the line
See and hear what we have done to us all,
we wanna be free more than anything,
Do you hear what I say to you?
We will make it through, the sun shall shine.

Hear the words we say and see the light of day
We never will be free until the sun is shining for us all
Carry on, carry on and make our dreams come true
And for a little while we stay together
Carry on, carry on, may all our lovin' stay
And for a little while we stay together, forever
Together, forever."

Gamma Ray - The Silence

"Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they say
Never cared for games they play
Never cared for what they do
Never cared for what they know
And I know

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
No nothing else matters"

Metallica - Nothing Else Matters

"So as you read this know my friends
I'd love to stay with you all
Smile when you think of me
My body's gone that's all

A tout le monde (To all the world)
A tout mes amis (To all my friends)
Je vous aime (I love you)
Je dois partir (I have to leave)
These are the last words
I'll ever speak
And they'll set me free

If my heart was still alive
I know it would surely break
And my memories left with you
There's nothing more to say

Moving on is a simple thing
What it leaves behind is hard
You know the sleeping feel no more pain
And the living are scarred"

Megadeth - A tout le monde

"Today I'll change my life forever
For what I've seen must surely be
Fly me away on the wings of a dove
To the temple of knowledge we can fly
Smiling inside, peace so clear
One with the all, one within mind
Fly me away to a better world
Where there's no more war and can be no shame
The place that holds the great mystery
When I awake, I look to the sky and
Pray that I will live forever
The sorrowed man will not be me"

Nevermore - The Sorrowed Man

São apenas músicas de distintas bandas.
Claro... elas tem musicas sobre Demonios e etc... temas que causam essa cegueira geral... mas que grande obra não fala de demonios? Que não dialogam com o nosso âmago e nossos próprios demonios? Sobre sentimentos e desejos... Fantasia e realidade... Esperança e amor... Emoções!

Acho que temos obras singulares que escapam ao genero... Pra mim, além de gostar de "Metal", elas escapam ao genero "Metal". Estão inclusas, óbvio, mas são mais do que o genero oferece.
Uma boa politica é a da minha mãe... Ela não de gosta de "Metal"... mas ama varias musicas do Angra, Blind Guardian, Edguy, Gamma Ray, Metallica, etc...

Mas... vai saber... talvez seja uma questão de gosto... Mas acho que vale o tratamento de criança aqui... Tem que provar antes de dizer que não gosta. Ou talvez, deixar crescer pra ver que salada afinal é gostoso e não só uma coisa verde...

Também, não sei se esse post tem algum valor sendo que nem tentei falar sobre a música... som.

16 de ago. de 2007

Sem titulo para um dia estranho!

(O dia tava estranho... e eu também. Perdoem-me)

Que dia estranho esse...
foi tão difícil acordar
que banho árduo!
que café da manhã triste!
mas mesmo assim
ao sair pelas ruas para pegar o colectivo 130
o dia sorriu pra mim.

Chegando na facu
um bando de argentino me saludavam de longe
rindo e chamando meu nome
antes, a barreira do idioma me deixava duvidoso
se era gozação... me sentia bobo... por motivo algum.
mas hoje sei que não.
porém as vezes ainda penso que tão de gozação.
que amargura sem sentido!
mas mesmo assim
os argentinos sorriam pra mim.

Na aula... não prestei muita atenção
na verdade eu fiquei enchendo o saco de um amigo
não fiz esforço... me censuro por isso
sei que no futuro vou pagar por isso hahahahahaha
mas vai ter valido a pena :D
já me valeu um sorriso!

Na outra aula... também...
conversas ao ar!
grupo! trabalho! ah!!!
e cadê eu?
aíiii me senti excluido
comecei a matutar idéias...
as coisas não estavam acontecendo naturalmente...
Deus! Shit! What The Fuck!?
resolvi perguntar! me impor! HUM!
"Que vamos hacer?"
"No sabemos todavía..."
Hahahahahaha jóia.
Esforço sem sentido esse da mente
de me levar pra baixo... como sempre
ó bad das bads, help.

Cheguei em "casa"
cozinhei! uhul 2 hamburgueres, tomate, salada e ovos fritos...
vou te falar que tava muito bão? vou.
tão bom que depois dormi
Eu Capotei! (leve alteração do To Viajando! do Jira)
e acordei MAL porque simplesmente meu estomago desencanou de trabalhar
acho que ele tambem tava saboreando o almoço.
Resolvi ir num cybercafé... Aqui é bem baratinho.
Vi 50 e-mails do pessoal... Ri pra caralho!
mas meu coração doeu por não estar junto...
ó shit.
mas sussa... porque me senti junto c/ eles por ler a conversa
ê saudade!
é bem estranho... porque é gostoso de estar sentindo... esse amor.
bem comédia... eu estaria realmente mal se eu não sentisse... isso sim.
e bem... mais uma vez... sai do cybercafé felizinho até... tava tocando uma música
que dizia assim:
"Es tan fácil perder la razón
no se puede perder el amor"
eu fiquei feliz com essa letra... tão simples!
porém falsa! porque vi agora no GOOGLE que
ela realmente diz
"Es tan fácil perder la razón
no se puede vivir del amor"
É o que causa o malo español de um cidadão... porém,
prefiro a minha versão!

O dia nunca cessou de sorrir, mas
Agora, a noite começa
e vamos cozinhar aqui no apê...
algo bem exótico.

Um beijo pra todos...

4 de ago. de 2007

João e Madalena

João é um cara comum. Honra todos os Joãos antes dele e os que virão depois. Sem problemas, consegue encantar qualquer pessoa ao seu redor. Tem uma energia que cerca ele... magnética, poderosa e misteriosa. É como se fosse o centro do universo. Um deus perdido na terra, onde tudo acontece em volta dele. E no fundo, sem assumir, era mais ou menos isso o que as pessoas achavam...

João estava cercado de amigos quando pousou seu olhar em Madalena. Ele não acreditava nessa visão, que de imediato lhe roubou seus poderes, sua energia... seu centro magnético. João sabia de seus poderes e os usava com inteligência e astúcia, nunca tirando proveitos de outros, somente das situações. Nesse momento as pessoas em volta a João sentiram um véu cair e não se sentiram mais atraídas a ele. João se levantou da mesa e ninguém contestou... Atravessou a rua para ir ao encontro de Madalena. Para as pessoas na mesa, não passava de uma mulher ordinária, quem sabe, até um pouco vulgar.

Madalena e João funcionaram sem falhas, eram perfeitos um com o outro, nada os impedia, nem o deus do vento e da chuva tentaram algo, nada, absolutamente nada quis se opor a essa união. Como um desejo longamente ansiado pela natureza, João e Madalena eram felizes, deus e deusa unidos finalmente.

Uma noite, João e Madalena estavam a sonhar, mas não sabiam que estavam sonhando juntos. Nesse mundo de sonhos, o deus do Amor lhes retirou seus poderes. Disse-lhes: “Agora não necessitam mais nada”. Acordaram juntos, sem saber o que dizer e o que sentir, ambos fingiram ser nada e disseram a mesma desculpa pelo brusco acordar na noite – Acordei com você.

No mesmo dia Madalena sonhou acordada. O deus do Amor apareceu mais uma vez, e perguntou o que ela queria: “João ou os poderes?”. Hesitou um pouco e disse: “João”. Madalena acordou rapidamente e se sentia um pouco melhor. O deus do Amor apareceu para João e lhe fez a mesma pergunta. João hesitou muito. O deus do Amor não lhe deu chance de uma resposta.

João e Madalena já não sentiam a mesma coisa. Não eram a mesma coisa. Ela sofria por ele e ele por ninguém. Sua união fora proibida pelas estrelas guardiãs. João fora destituído de sua imortalidade e morreu um homem. Conhecido pelos mortais desse mundo e muito amado. Porém não amou mais ninguém como Madalena. Tal amor que nem tinha mais lembranças em sua mente. Um vento, uma sombra que passou no coração desse deus na terra.

Madalena o ama pela eternidade.

2 de ago. de 2007

Finding Jesus em festival!

Inscrevi faz um mês o "Finding Jesus" em um festival na Suiça! Vai ser em 2 semanas na cidade de Aarau. O site é http://www.oneminute.ch pra quem quiser entrar. A imagem ao lado é do catalogo que também esta disponivel no site.
Enfim, ele foi aceito, junto com 500 videos-minutos e vai ser exibido dia 18 de agosto pra uma renca de gente... e eu não vou saber as reações! Hahahahaha de qualquer jeito, é bem engraçado! Espero que eles gostem! Vou colocar o link do YouTube aí embaixo pra quem quiser ver. Bjundas!


1 de ago. de 2007

A criação do universo

Alex é um menino calmo. Está na flor da idade. Prestes a passar pela puberdade, ele se agarra a sua infância e a sua criança como se dependesse disso para sobreviver. Poderíamos dizer que se crescer é pular em uma piscina de um trampolim, sua infantilidade é a sua bóia de segurança.Nesses últimos dias Alex tem pensado muito sobre a sua vida, melhor, têm sentido muito, porque crianças na sua idade não pensam muito, isso é coisa de adulto. É o seu passatempo preferido: na hora de dormir, no meio do escuro, quando todos da sua casa já estão dormindo, deitar de barriga para cima, olhando para o teto, contemplando o nada e o tudo. Agora que está crescendo, tem medo de não conseguir mais passar minutos da sua noite fazendo isso... Afinal, quando crescemos, simplesmente perdemos contato com as coisas.

Murmúrios e palavras ecoavam no nada. Vozes grossas e poderosas. Alex estava atrás de um pilar que não era um pilar. Ele olhou em volta. Reconhecia os pilares do seu livro de escola, pareciam gregos, igual aos do Parthenon, mas não, eram disformes, eles não tinham forma, não, eles mudavam de forma. Alex andou em frente, a noite e o dia lutavam no ambiente, o nada tinha forma e o tudo era disforme. As paredes não existiam, a sensação era a de andar no meio de uma explosão sem calor e infinita, Mágica.

Alex parou no centro da explosão. As coisas pararam. A explosão sumiu e as coisas tomaram formas, menos as paredes. Um caldeirão e cinco bruxos se tornaram reconhecíveis. Alex aproximou-se, calmo e curioso. Os bruxos continuavam a entoar cantos e magias. Eles jogavam ingredientes no caldeirão, dizendo coisas como: Tragédia, Amor, Felicidade, Infelicidade, Ódio, Desespero, Esperança, Sonhos, Angústia, Juventude, Velhice, e coisas do tipo. Eles pararam ao perceberem a presença do menino. Olharam para ele. Perguntaram de onde e quando o menino era. Ficaram estupefatos.

“O que estão fazendo?” perguntou o menino. Os bruxos responderam juntos que estavam a criar o universo e o mundo que Alex conhece. Alex não se preocupou em como ele chegou ali, não era importante. Não obstante, queria saber o porquê que jogaram tantos ingredientes ruins no caldeirão. O bruxo do meio deu um passo pra frente e disse: “Para o seu crescimento”. Alex não ficou contente com a resposta e perguntou o porquê. Cada bruxo deu uma resposta diferente, um completando o outro. Nenhuma das respostas satisfez Alex e seguia sem entender o porquê do sofrimento como chave para o crescimento. Nenhum dos bruxos conseguiu dar uma resposta. Eles também, agora, estavam a duvidar de si mesmos e do Universo a ser criado. O bruxo do meio, o mais sábio de todos, colocou um punhado de terra na mão de Alex e disse que o que ele falasse que era, seria. Alex não pensou duas vezes, aproximou-se do caldeirão e jogou a terra, e pensou fortemente na palavra sem dizer em voz alta.


A luz do sol que passava pela fina fresta da persiana atingia os olhos de Alex. Acordou incomodado, mas, Escolhe não sofrer com isso.

31 de jul. de 2007

Andare con Dio

Um brinde!

- ...e outro chamado marca -
essa estranha segunda-feira

Um brinde! e o fim de uma era

Vai em paz amigo...
que sua luz brilha eternamente.
Um beijo e um forte abraço,
de um irmão.


- mais um dia inesquecível -
sonhos que se realizam em silencio
e chamados da alma, por um irmão.

30 de jul. de 2007

Amiga dos olhos

Foi um dia engraçado
desses com pizzas, conversas e sorrisos
exemplo de um dia ideal, diria
melhor, um fim de dia
mas ai já é noite, não?
Então melhor recomeçar.

Foi uma noite engraçada
dessas com pizzas, conversas e sorrisos
risadas, abraços e olhares amigos
Eu não via ela fazia muito tempo
quando a vi, não a reconheci
era outra pessoa
minha amiga dos olhos azuis
era mulher agora
era?
Não sei... se a dor nos seus olhos
lhe dá o status de mulher
talvez.
Nunca senti coisa igual
Nunca vi coisa igual
Nunca dois olhos me disseram tanto
Nunca dois olhos me puxaram tanto
Nunca um olhar me doeu tanto
Sua infancia e inocencia
machucadas, oprimidas, sem lugar
estavam constrangidas
e sem casa pra brincar
Ninguém viu o que vi
Nem sentiu o que senti
Quando a confrontei
ela negou, constrangida
depois ela me perguntou
o que mudou em mim?
Seus olhos
amiga dos olhos azuis
Seus olhos
seu coração está exposto
por mais que esconda
ou mesmo não sinta tanto
agora como ontem
ele não para de mostrar
a sua dor
e o seu crescimento
constrangido e sem lugar
sem um lar

Acho que tinha que ser noite
O dia não permite
Nosso lugar na noite é ideal
No dia não temos hora
Sombras, sombras,
Sem avisos
revelam mais do que ocultam.

27 de jul. de 2007

Mr. Smith Goes To Washington *ou Minha noite de quinta

Hoje voltei. Voltei? Calma... não to ficando louco... Deixe-me expressar melhor. (à vontade, você diz né, claro)
Quando cheguei aqui no Brasil, 2 semanas e 4 ou 5 dias atrás, percebi algo estranho em mim. Eu não sentia aquele impulso urgente que me acompanha faz 1 ano e meio de ver, contemplar e absorver filmes ou livros ou musica, enfim, Arte.
Melhor ainda, A verdade: eu queria descansar.
E pra mim é bem estranho confessar isso... Não é que eu rejeitava o que eu amo... Ou porque peguei uma virose e não conseguia pensar em nada... Mas acho que minha cabeça ficou trabalhando no escuro nesse meio tempo... Reajeitando as coisas. E eu gosto.

Bom! Voltei. Hoje, ainda doentinho, saí pra alugar filmes... descontinho na Blockbuster alugue 3 pague 2... queria alugar 1 normal que meus irmãos poderiam ver juntos, e 2 pra mim... hehehe (vai, eu que to doente)... enfim, aluguei: Saw 3 (Jogos Mortais 3), Mr. Smith Goes To Washington (A mulher faz o homem), e Gentleman's Agreement (A luz é para todos). Os titulos traduzidos são injustos pros 2 ultimos.

Comecei a ver Jogos Mortais 3 comendo Habibs... depois de 10 minutos do filme comecei a ver em velocidade 2x e as vezes em 4x. Que filme ruim. É tão ruim que teve que apelar pra imagens do 1o! e muitas vezes... O 1o foi legal. O 2o ja é dificil de engolir. Agora o 3o, bem, hehehe. Chega.

Ai coloquei no DVD "Mr. Smith Goes To Washington".
Dirigido por Frank Capra (vou colocar os links do IMDB p/ quem quiser saber mais) e estrelando James Stewart, Jean Arthur e Claude Rains. A vontade de falar que o elenco é de primeira e que Frank Capra é um gênio é tentadora mas, convenhamos, não é dos tempos de hoje... melhor, é ATEMPORAL!
O filme é de 1939 e é incrivelmente fresco (FRESH é melhor). Os atores são perfeitos. A juventude personificada em James Stewart é simplesmente perfeita, e não consigo imaginar outro ator no lugar dele. Claude Rains! só vi que era ele no final do filme... Eu juro que eu vi um idoso ali. Ele tinha + ou - 50 quando fez o filme, mas também quando fez Casablanca ele já tinha mais 3 anos e nunca vi um inspetor de polícia tão intrigante quanto. As mulheres joviais... ah, - na expressão de meus amigos cristãos - : que gozo! É uma das vantagens de ver filmes dessa década: as mulheres e suas virtudes. HMMMM...
Eu não quero entregar a trama. Isso você pode ler no IMDB. Quero falar das sensações que senti assistindo ao filme.
A sutileza de Capra é indiscutível. O exemplo perfeito é quase no começo quando Mr. Smith faz o discurso e fala sobre o Senador Paine. Um plano rápido em Paine mostrando um olhar estranho já nos fala o que Paine sente e sentirá pelo filme todo. Como ele preparou cada cena e como cada próxima cena se desenvolve, é impossível. A força atribuida às crianças é simplesmente tocante. É isso que o Sr. Smith representa. A vontade das crianças nesse mundo. Onde elas lutam por um lugar melhor e acreditam no bem! Elas são o bem! Elas lutam pelo mundo e não por eles. Não estão numa luta Crianças Vs. Adultos. As crianças sabem coexistir! E o apelo do filme... da honestidade contra a corrupção é tão forte e eficiente... bati palmas sozinho. Os ideais americanos que defendem são ideais de qualquer ser humano. Assistindo o filme me senti um norte-americano e orgulhoso de tais ideais... por que, aqui, o patriotismo é só uma máscara de um humanismo puro.
E antes que você pense, pelos meus comentários, que é um filme besta que fala dos ideais norte-americanos... nossa, pense de novo! melhor, assista o filme! É tudo menos isso... Os golpes que dão no ''Sistema'' é simplesmente lindo. E quase perto do final, um diálogo poe em contradição todo o filme e os ideais norte-americanos. Eu considero esse filme 10 vezes mais forte do que Fahrenheit 9/11 do Michael Moore. Aqui falamos de verdades que nossa alma conhece. E nos dá força por sabermos que não estamos sozinhos nessa luta... Que a ficção é mais forte que a realidade. O que eu gosto de chamar de apenas outra realidade... Uma realidade alimenta a outra.
Mas enfim, se você não tem idéia do que o filme se trata, e está com vontade de ver o filme, cumpri meu trabalho.
O filme é uma obra-prima. Uma escultura no tempo. Aqui, a teoria da relatividade de Einstein funcionou perfeitamente... como uma vez ele mesmo explicou (melhor, simplificou): "Quando você senta 1 minuto em um caldeirão com água fervendo, parece uma eternidade. E quando você senta 1 hora com uma mulher que você ama, parece 1 minuto". Algo assim. E bem, se Jogos Mortais 3 me deu vontade de ver em velocidade 4x só p/ não ser um desperdicio de dinheiro e tempo... Mr. Smith Goes To Washington me deu vontade de ver em camera lenta! Como uma obra-prima, não importa, ela vai estar sempre viva e incentivando corações pelo mundo... em qualquer velocidade.
É só uma breve olhada nesse filme, pra ver se acende uma fagulha em você pra levantar a bunda e ir alugar esse filme!
Ao contrário de Jogos Mortais 3, quando olhei no relógio do DVD, vi que já tinham passados 30 minutos... e não acreditei porque achei que só tinha passado 10. E=MC²!
E ainda não vi o Gentleman's Agreement do Elia Kazan. Vou ver.
Bjos!

14 de jul. de 2007

Weekend Home (ou algo parecido)

É o nome do meu próximo curta. Próximo? Não. Meu primeiro!
Não vou entrar muito em detalhes, pra não entregar, claro, e também para não cansa-los. São apenas divagações... Idéias ao ar com a consciência da sua presença.
O título, Weekend Home, tá em inglês porque não consegui uma tradução parecida que soe bem. Casa de fim de semana? Lar de fim de semana? Hmmm... "Lar"? Estou cogitando o último.
Escrevi a idéia faz uns 6 meses... e quando reli agora me pareceu certo em fazer acontecer. Vou fazer o roteiro técnico, penso que não é necessário no momento porque penso em não consultá-lo nos dias de filmagem, mas pode vir a servir como um guia.
Os atores, claro, são amigos atores vindos do teatro. A intimidade que temos vai ser um bônus mas também penso no desafio de dirigi-los... São 4. 1 mulher e 3 homens. Penso no Gui, Adam e Renatinha. O ultimo ainda não sei quem vai fazer. A diferença de tamanho deles vai servir muito bem para a história e vai ser um desafio a ser conquistado na composição. A história, curta, é sobre esses 4 amigos que alugam uma casa pra passar um fim de semana, e nesse fim de semana eles Vivem. Não deixam passar nada e vivem o momento. Eles se amam como amigos de verdade se amam. Sem barreiras e sem bloqueios... enfim, sem 'espaço' entre eles. Conflitos e viradas, são mínimos ou não existem. Escrevi do coração pra fora. Sem regras. No final, quero que seja 10 minutos de alegria e êxtase. Que vivemos juntos com eles ao assistir. A participação vai ser fundamental, e esse vai ser o maior desafio... Fazer com que o espectador se entregue e viva, não apenas olhe. É um desafio. Mas não minto, filmar vai ser bem divertido.
Logística de produção (lindo hein) e locação já está tudo arranjado. Falta conseguir uma câmera de qualidade e a confirmação dos atores, claro.
Estou pensando, pro Adam, o papel do mais extrovertido... e pro Gui o do introvertido (simplificando as coisas p/ eu não descrever as personagens aqui, elas são mais do que isso. garanto). Conhecendo os 2, sei que resultaria Lindo eles em qualquer um dos papéis. Mas a escolha está embasada na química entre Gui-Renatinha vs. Adam-Renatinha. E a Rê... é simplesmente ideal, talento e personalidade que pode dar um olhar novo sobre o curta. Mas, quem sabe, na hora as coisas podem mudar. Como disse lá em cima, apenas pensando. Tenho que correr atrás do terceiro.
Bom, acho que é isso... Penso também em ir colocando aqui o avanço do projeto.
Beijos e abraços!

12 de jul. de 2007

A graça de estar de volta!

Bom, creio que meus leitores (raros e únicos) já me conhecem e sabem onde eu estava nos ultimos meses... Se você entrou aqui por acidente ou destino e está curioso, deixe um comentário perguntando que eu respondo.

Cheguei a poucos dias
O vôo foi ótimo e perto de São Paulo o sol que estava a nascer me deu boas vindas
Dei um tchauzinho de volta com um sorriso gostoso de quem viu um velho amigo
Porque o Sol daqui não é o mesmo que o Sol de lá
Pior, ou o eu daqui não é o mesmo que o eu de lá
Mas penso que não. Penso que é o Sol.

O Sono - entidade tal que se perdeu nos domínios da ansiedade faz umas semanas - resolve voltar na hora de rever as pessoas
Sonambulo, bobo, torpe, ou qualquer sinonimo que consiga definir meu estado de mumia, eu estava ali e não estava
Sai da porta automatica com a mala na mão e escuto vozes gritando meu nome... melhor, meu apelido familiar: MANO!!!
Minha mãe, irmão e cunhada me esperavam... Foi uma alegria enorme.
Além de eu não conseguir expressar minha emoção... não parou o meu coração. nem por um instante.
Estranhamente tudo parecia igual, nem mesmo os outdoores arrancados dos tetos e paredes de São Paulo conseguiram me dar um olhar diferente do meu lar... tudo estava igual... e no fundo, eu culpo o Sol.

Comemos em casa...
um café da manhã bem servido
delicioso, um banquete
até o gosto do ovo era o mesmo
mas que ovo mais gostoso... espero que nessa frase vocês tenham imaginado um gordinho comendo ovo mexido com toda a vontade do mundo, porque foi assim que aconteceu... mas na realidade não foi expressada a vontade... ela apenas bateu. . . . . .

Fomos para Itu, onde tudo é supostamente grande
Lá me recebe meu pai, a Lola e minha madrasta... beijos e abraços saudosos e gostosos... de novo, uma delicia, enfim, o céu (e o Sol estava lá)
Ando ao meio do jardim e brotam pessoas pulando e gritando "EEEEEEEEEEEEEE"
Reconheci as vozes e os rostos... meu coração queria explodir, se não é que explodiu. Não sei se expressei esse sentimento de amor e alegria a essas pessoas, culpo o Sono, e também o Sol...
Não sei se ficou claro: Amo eles demais.
E se essa declaração, por escrito, lhe parece estranha, culpe o Sono.
Depois de aí, só parei de sorrir as 10:30 da noite, minutos antes de morrer no sofá sob os chicotes do Sono e na ausencia do Sol

E eu só posso agradecer a Deus que certas coisas não mudam
ou apenas demoram para mudar
e o Sol e o Sono me deram essa chance
de ver, sentir e aproveitar
sem uma reação rápida e regurgitada das coisas
não que isso seja bom ou melhor ou pior
foi apenas algo diferente
um presente

Como aquele café da manhã
Eu digeri minha volta
E me dou as boas vindas,
porque eu estou de volta.

Um grande oi e um sorriso a todos
Igual ao que mandei de volta ao Sol

E sobre as pessoas... que chamo amigos ou familia... eu amo vocês demais
Vocês, pessoas que amo... são a verdadeira graça de estar de volta.

Uma introdução (Autorretrato)

Além de eu gostar das palavras... e muito... minha linguagem é o cinema
Aqui vai uma introdução a um eu... É um trabalho da faculdade cuja proposta era fazer um autorretrato de 1 a 3 minutos, sem cortes e sem edição.