11 de nov. de 2007

All About Eve


Assisti hoje de madrugada All About Eve (A Malvada no Brasil e La Malvada aqui na Argentina). Tenho visto muitos filmes ultimamente... e com a sorte da maioria me tocar. Não é impossível, mas não consigo expressar minha gratidão por esses filmes... esse amor que chega... é bem estranho. Alguns me invadem, me fazem girar sobre mim mesmo, me mudam completamente. Enfim, não consigo expressar... e sou muito, muito grato por isso. Não sei porque. Mas sou!
Posso situar All About Eve nessa categoria de filmes.
Não vou escrever uma crítica sobre o filme. Acho que não tenho essa veia. Vou escrever sobre algo... não sei o que ainda. Coisas técnicas: IMDB. Não vou me reter nisso. Só dizer que Joseph L. Mankiewicz é um mestre.

All About Eve é maravilhoso. Se não fosse a tradução estupida do titulo, eu teria duvidado da integridade da personagem... na verdade, eu duvidei. Cheguei a achar que era boazinha mesmo. Oscilamos com a paranóia de Margo... é real ou não? Paranóia construida com maestria que nos deixa, mesmo que por instantes, levemente paranóicos. Não, o filme não é sobre paranóia, nem de perto.

Parece mais uma dança folclórica, aquelas que você dança dando voltas e sempre trocando de parceiro, até todos se alinharem e voltarem a ficar sozinhos, encarando sua dupla original. Que analogia barata! Hahahahaha :D Mas posso continuar com ela. Em Citizen Kane, a sensação é quase a mesma... em Kane, dançamos a mesma música mais de uma vez com diferentes parceiros, fazendo com que a dança seja diferente a cada vez, em Eve, dançamos uma só vez com multiplos parceiros, e a troca é tão sutil que quase não percebemos.

Além disso, as pessoas Virais. Virais não... Sanguessugas? Não encontro a palavra certa no momento... hahahaha... Mas são aquelas que grudam em você e sugam sua vida. Parasitas! Não quero traduzir esse ou qualquer tema ou idéia aqui: Recomendo assistirem ao filme. Só quis dar a dica. Confesso que é meio óbvia a dica, mas é (quase) sempre no óbvio que reside o importante, e por ser óbvio que deixamos passar sem notar. Como o bem e o mal como forças naturais do universo, e das pessoas. Não há conflito por isso. Há reconhecimento e entendimento, o que não significa que terminam por conviverem, apenas coexistem. (Talvez sim, no infinito). A auto-reflexão sobre as pessoas do meio - Teatro e Cinema - e também, talvez, a profetização do futuro de alguns dos atores do elenco e do próprio meio... simples e despercebido.

O filme é maravilhoso e te deixa com muitas perguntas. Poucas sobre o filme, mais sobre você e o mundo. Isso pra mim é (uma das evidencias de) gênio. E a cena final... Oh!!!!!

Beijos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário