hoje
acordei de um sono profundo
percebi que uma tempestade
passou enquanto eu dormia
eu dormi diante de muitas coisas
importantes
meu pai a separar
minha madrasta a chorar
só hoje acordei
e senti algo
antes me diziam no ouvido
e eu continuava a sonhar
um pesadelo ridiculo
girando em torno de algo
nao tao importante...
e eu dormi mais e mais
minha mae se vai
e com ela nossa casa
nosso lar
e eu nao escutava...
meu irmão se foi
e com ele uma nova casa
um novo lar
e eu nao estava la...
meu irmão é pobre
e passa fome
e eu durmo... durmo...
todos riem
sorriem
deve ser
o que deve ser feito
e eu durmia...
hoje acordei
finalmente
lagrimas vieram aos meus olhos
e me despertaram.
25 de fev. de 2009
1 de fev. de 2009
Yarbabov
Yarbabov foi um músico famoso em seus dias. Talentoso e virtuoso. Boa gente, amigável e cordial... mas acima de tudo, era músico. Se existe uma palavra que o podia definir e que ele estivesse de acordo, assim como seus mais íntimos amigos, era essa: músico.
As pessoas da época - e as de hoje - se perguntam porque Yarbabov parou de compor, tocar e cantar. Sim. Yarbabov um dia deixou de respirar música. Seu coração deixou de dançar ao som de sua própria música. Seus ouvidos ensurdeceram e sua voz emudeceu. A música... ah, a música!.. desvaneceu.
Yarbabov sentiu o final da música e dançou-a até o fim: se apaixonou. Amou tanto Cristovna que a música, seu Eu interior, ficou com ciúmes e o deixou...
Seu virtuosismo, dedicação e obsessão fizeram-no esquecer de si mesmo.
Foi necessário, dizem uns. Argumentam que Yarbabov ao mergulhar completamente no amor sacrificando a si mesmo, renasceria o maior genio musical. Não estavam errados, porém Yarbabov nunca renasceu. Yarbabov se perdeu. E seu último ato, perdido nesse labirinto, foi deixar um fio de Ariadne para o próximo que ousar: "Não mergulhes sozinho no vazio, traga consigo a si mesmo." O vazio, diz Yarbabov, era inicialmente o Amor que ele mergulhou. "Não há mergulho no Amor, você já está submerso Nele... Aproveite e cante e dance... Ame."
Yarbabov deixou essas últimas palavras para o próximo. Nós todos. Você. Eu. A música nunca o abandonou. Mas uma canção certamente chegou ao seu fim, assim como o desvanecer de uma nota para dar vida à próxima... formando a música mais linda de todas.
As pessoas da época - e as de hoje - se perguntam porque Yarbabov parou de compor, tocar e cantar. Sim. Yarbabov um dia deixou de respirar música. Seu coração deixou de dançar ao som de sua própria música. Seus ouvidos ensurdeceram e sua voz emudeceu. A música... ah, a música!.. desvaneceu.
Yarbabov sentiu o final da música e dançou-a até o fim: se apaixonou. Amou tanto Cristovna que a música, seu Eu interior, ficou com ciúmes e o deixou...
Seu virtuosismo, dedicação e obsessão fizeram-no esquecer de si mesmo.
Foi necessário, dizem uns. Argumentam que Yarbabov ao mergulhar completamente no amor sacrificando a si mesmo, renasceria o maior genio musical. Não estavam errados, porém Yarbabov nunca renasceu. Yarbabov se perdeu. E seu último ato, perdido nesse labirinto, foi deixar um fio de Ariadne para o próximo que ousar: "Não mergulhes sozinho no vazio, traga consigo a si mesmo." O vazio, diz Yarbabov, era inicialmente o Amor que ele mergulhou. "Não há mergulho no Amor, você já está submerso Nele... Aproveite e cante e dance... Ame."
Yarbabov deixou essas últimas palavras para o próximo. Nós todos. Você. Eu. A música nunca o abandonou. Mas uma canção certamente chegou ao seu fim, assim como o desvanecer de uma nota para dar vida à próxima... formando a música mais linda de todas.
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