Enquanto lia Deleuze me deparei com uma imagem, um esquema do filosofo Henri Bergson, que agora nao sei se eu imaginei ou vi esse esquema, esse grafico... Que demonstrava a memória e as imagens... Um fluxo bem simples... De imagens, passando por nós, o cerébro registra e deposita no que chamamos memória.
Quando vejo o futuro... Sinto que é um refluxo.
Já que o tempo não existe, e tudo é uma coisa só...
Dá pra entender, ou imaginar, essa anormalidade!
E acontece!
27 de out. de 2010
19 de out. de 2010
Azul
Um curtinha novo, out of the blue.
Obrigado a Rodrigo Soler, Nicolás Agarzúa e meus dois queridos irmãos Abraham e Adam Matschulat Aguiar.
Obrigado a Rodrigo Soler, Nicolás Agarzúa e meus dois queridos irmãos Abraham e Adam Matschulat Aguiar.
Beijos!
17 de out. de 2010
vida espiritual
antes de você
se desfazer
das suas coisas materiais;
para iniciar
essa tão chamada
vida espiritual;
chame como quiser;
antes
tente se desfazer
de suas idéias;
conceitos;
gostos;
opiniões;
crenças;
imagens.
se desfazer
das suas coisas materiais;
para iniciar
essa tão chamada
vida espiritual;
chame como quiser;
antes
tente se desfazer
de suas idéias;
conceitos;
gostos;
opiniões;
crenças;
imagens.
...te digo que
você vai encontrar
algo muito especial...
16 de out. de 2010
Love
Since it became
a word;
it just became
another motive;
another reason;
for foolish
stupid
things.
It became
an idea;
a flawful word;
like God.
and voila!
they're the same.
a word;
it just became
another motive;
another reason;
for foolish
stupid
things.
It became
an idea;
a flawful word;
like God.
and voila!
they're the same.
13 de out. de 2010
As aventuras do Capitão Marisco
Estavámos a caminho de Mina Clavero, em Córdoba, num ônibus delicioso, com assentos que viram cama e uma televisão LCD pequena que passava um filme que termina com o Johnny Depp tomando um tiro na nuca com direito a câmera lenta... Essa foi a única cena que vi. Minha amada estava ao meu lado, tentando dormir. Sentia ela um pouco pensativa. Abraçava o meu braço de vez em quando... E as vezes me olhava com ternura e dúvida.
Eram 4 da madrugada e ela dormia de costas pra mim, encostada no seu assento e com parte da cabeça encostada na janela. Eu olhava as luzes do farol do ônibus iluminar trechos de cimento e pastos ao lado por instantes que pareciam continuos, como a projeção de um filme...
Ela se vira e me diz com voz sonolenta: Contame una história...
Fiquei um pouco assustado com a enorme pressão da tarefa pedida e perguntei: Hmmm ¿cual?
- Cualquiera.
- Bueno...
- ¡En portugués!
- Tá bom...
Era uma vez um menino chamado Marisco... Era filho de comerciante e sua família vivia bem. Humilde. Seu pai queria que ele fosse comerciante assim como ele... pra dar continuidade ao seu trabalho e ao sustento da família. Marisco escutava esse discurso todas as noites e pensava que seu pai o repetia porque sabia que seu filho no fundo não queria nada disso. Ele sabia que seu pai fora igual a ele... e por algum motivo ele seguiu a vontade do seu pai (avô de Marisco) e precisava repetir isso com seu filho por algum motivo mais estranho ainda. Marisco sabia disso tudo e deixava seu pai pensar que era isso o que ele também queria: seguir a carreira da família e assumir a oficina. Mas no fundo ele não pensava isso... Ele queria ser capitão de um barco e estava preparado mentalmente para um dia fugir daquilo tudo e ir embora...
- ¿Embora?
- Sí... Es como ir de un lugar. Irte... Go away... No sé explicar.
- Está bien... Entendi.
Então, um dia Marisco estava passeando pelo porto... Era para estar vendendo tabaco e especiarías do tipo mas era apenas uma desculpa para olhar todos esses barcos enormes e pessoas corajosas que enfrentavam o desconhecido todos os dias. Ele sonhava com o mar. Queria o ar fresco intocado dos oceanos. Ah como era bom boiar em sonhos! Ele viu uma garota passar por ele... de tranças. Era diferente das meninas da cidade. Tinha coragem e parecia destemida! Ela se misturou com a multidão e Marisco voltou a admirar os barcos... "Ei!!" gritou um marinheiro do alto de um barco gigante. Marisco olhou para cima e viu o homem que lhe gritava. "Ei! Pequeno! Você tem tabaco!?" Marisco acenou com o polegar que sim e cheio de felicidade sentiu que esse foi o seu primeiro sinal de marinheiro. Subiu a bordo e esperou o marinheiro descer do maste. "O que você tá esperando?! SOBE!!" E Marisco subiu nas cordas, sem conseguir parar de sorrir, subindo até o marinheiro... Quando chegou lá, avistou pela primeira vez sua cidade como o pedaço de terra que é. Ficou maravilhado. Olhou para o outro lado, e viu o mar... O marinheiro, surpreso com a expressão do garoto, disse: Olha, em um mês vamos partir para as Indias. Vamos tentar um novo caminho. Marisco já não pensava em nada. Sentia as infinitas possibilidades dessa viagem
- É mesmo? Como eu gostaria de ir!
- Ora... Você já é grandinho. Pode nos acompanhar se quiser. Estamos em falta de homens... Ninguém tem coragem de tentar algo novo.
- Mas... Eu não sei navegar.
- Hah! Isso é o mais fácil. Você parece um pouco inteligente... Vai aprender rápidinho. O mais díficil você já tem! E isso é vontade! É escutar o mar te chamando e ir por ele!
- Que lindo amor...
- Que cosa?
- Nada... Seguí...
Então em um mês o barco zarpou e atravessou o Atlântico... Descobriram um continente novo e pelos próximos 500 anos foram escravizados e explorados.
- Buuu... ¡¿Qué paso?!
Mas Marisco não estava nesse barco... Ele não embarcou. Quando saiu do barco naquele dia, encontrou com a garota de tranças... Terminaram por se apaixonar e viajaram ao interior... Anos depois Marisco comprou um barquinho e ele e a família que ele e a menina de tranças construíram passavam dias felizes a bordo...
- ¡Yo pensé que él iba a bordo! Que mierda Aron...
- No... Marisco se quedó... Pero igualmente, siguió su corazón.
:)
- ¡Yo prifiero las otras aventuras!
- Lo sé... Esas se quedan para nosotros.
Eram 4 da madrugada e ela dormia de costas pra mim, encostada no seu assento e com parte da cabeça encostada na janela. Eu olhava as luzes do farol do ônibus iluminar trechos de cimento e pastos ao lado por instantes que pareciam continuos, como a projeção de um filme...
Ela se vira e me diz com voz sonolenta: Contame una história...
Fiquei um pouco assustado com a enorme pressão da tarefa pedida e perguntei: Hmmm ¿cual?
- Cualquiera.
- Bueno...
- ¡En portugués!
- Tá bom...
Era uma vez um menino chamado Marisco... Era filho de comerciante e sua família vivia bem. Humilde. Seu pai queria que ele fosse comerciante assim como ele... pra dar continuidade ao seu trabalho e ao sustento da família. Marisco escutava esse discurso todas as noites e pensava que seu pai o repetia porque sabia que seu filho no fundo não queria nada disso. Ele sabia que seu pai fora igual a ele... e por algum motivo ele seguiu a vontade do seu pai (avô de Marisco) e precisava repetir isso com seu filho por algum motivo mais estranho ainda. Marisco sabia disso tudo e deixava seu pai pensar que era isso o que ele também queria: seguir a carreira da família e assumir a oficina. Mas no fundo ele não pensava isso... Ele queria ser capitão de um barco e estava preparado mentalmente para um dia fugir daquilo tudo e ir embora...
- ¿Embora?
- Sí... Es como ir de un lugar. Irte... Go away... No sé explicar.
- Está bien... Entendi.
Então, um dia Marisco estava passeando pelo porto... Era para estar vendendo tabaco e especiarías do tipo mas era apenas uma desculpa para olhar todos esses barcos enormes e pessoas corajosas que enfrentavam o desconhecido todos os dias. Ele sonhava com o mar. Queria o ar fresco intocado dos oceanos. Ah como era bom boiar em sonhos! Ele viu uma garota passar por ele... de tranças. Era diferente das meninas da cidade. Tinha coragem e parecia destemida! Ela se misturou com a multidão e Marisco voltou a admirar os barcos... "Ei!!" gritou um marinheiro do alto de um barco gigante. Marisco olhou para cima e viu o homem que lhe gritava. "Ei! Pequeno! Você tem tabaco!?" Marisco acenou com o polegar que sim e cheio de felicidade sentiu que esse foi o seu primeiro sinal de marinheiro. Subiu a bordo e esperou o marinheiro descer do maste. "O que você tá esperando?! SOBE!!" E Marisco subiu nas cordas, sem conseguir parar de sorrir, subindo até o marinheiro... Quando chegou lá, avistou pela primeira vez sua cidade como o pedaço de terra que é. Ficou maravilhado. Olhou para o outro lado, e viu o mar... O marinheiro, surpreso com a expressão do garoto, disse: Olha, em um mês vamos partir para as Indias. Vamos tentar um novo caminho. Marisco já não pensava em nada. Sentia as infinitas possibilidades dessa viagem
- É mesmo? Como eu gostaria de ir!
- Ora... Você já é grandinho. Pode nos acompanhar se quiser. Estamos em falta de homens... Ninguém tem coragem de tentar algo novo.
- Mas... Eu não sei navegar.
- Hah! Isso é o mais fácil. Você parece um pouco inteligente... Vai aprender rápidinho. O mais díficil você já tem! E isso é vontade! É escutar o mar te chamando e ir por ele!
- Que lindo amor...
- Que cosa?
- Nada... Seguí...
Então em um mês o barco zarpou e atravessou o Atlântico... Descobriram um continente novo e pelos próximos 500 anos foram escravizados e explorados.
- Buuu... ¡¿Qué paso?!
Mas Marisco não estava nesse barco... Ele não embarcou. Quando saiu do barco naquele dia, encontrou com a garota de tranças... Terminaram por se apaixonar e viajaram ao interior... Anos depois Marisco comprou um barquinho e ele e a família que ele e a menina de tranças construíram passavam dias felizes a bordo...
- ¡Yo pensé que él iba a bordo! Que mierda Aron...
- No... Marisco se quedó... Pero igualmente, siguió su corazón.
:)
- ¡Yo prifiero las otras aventuras!
- Lo sé... Esas se quedan para nosotros.
11 de out. de 2010
canto do amado
e ela disse
que me adora
que me ama
e me quer bem
é isso ai,
gostoso,
vamo lá.
(liberação 08/07/10)
que me adora
que me ama
e me quer bem
é isso ai,
gostoso,
vamo lá.
(liberação 08/07/10)
Icaro
Voe baixo demais
e o mar, com suas ondas
te matará.
Voe alto demais
e o sol, com suas chamas
te queimará.
Voe no meio
e à Sicília, a salvo,
chegarás.
(liberação 26/06/10)
e o mar, com suas ondas
te matará.
Voe alto demais
e o sol, com suas chamas
te queimará.
Voe no meio
e à Sicília, a salvo,
chegarás.
(liberação 26/06/10)
e eu vi mais...
e um exemplo perfeito
que o céu e o inferno
é aqui
e que o espírito
não se divide do corpo.
(liberação 19/12/07)
que o céu e o inferno
é aqui
e que o espírito
não se divide do corpo.
(liberação 19/12/07)
bela arvore
bela árvore
brilhando em frente ao sol
suas folhas gritam vida
gozam noite e dia
ao toque suave
do vento.
o gentil vento...
(liberação 26/11/07)
brilhando em frente ao sol
suas folhas gritam vida
gozam noite e dia
ao toque suave
do vento.
o gentil vento...
(liberação 26/11/07)
conectados
... e estavam conectados.
ninguém nunca se perguntou
por que
seus sentimentos traziam a memória
entes queridos
ausentes.
(liberação 15/10/07)
ninguém nunca se perguntou
por que
seus sentimentos traziam a memória
entes queridos
ausentes.
(liberação 15/10/07)
O que virá
O que virá
depois do homem
exterminar a si mesmo?
Depois que
essas figuras
que o homem louvou tanto
trazerem nada além de destruição?
depois do homem
exterminar a si mesmo?
Depois que
essas figuras
que o homem louvou tanto
trazerem nada além de destruição?
(liberação)
8 de out. de 2010
Leila
Acho que amo ela;
Não.
Eu amo ela.
Penso que amo ela;
Não.
Eu amo ela.
Creio que amo ela;
Não.
Eu amo ela.
Sei que amo ela;
Não.
Eu amo ela.
Posso dizer que te amo;
Dizer com toda a segurança do mundo que te amo;
Mas nunca nada do que eu diga ou faça;
Vai superar o meu amar você.
Eu te amo.
Não.
Eu amo ela.
Penso que amo ela;
Não.
Eu amo ela.
Creio que amo ela;
Não.
Eu amo ela.
Sei que amo ela;
Não.
Eu amo ela.
Posso dizer que te amo;
Dizer com toda a segurança do mundo que te amo;
Mas nunca nada do que eu diga ou faça;
Vai superar o meu amar você.
Eu te amo.
7 de out. de 2010
Autoconhecimento
Que díficil começar com esse título;
Quem sou eu pra escrever algo sobre isso?
O que é isso?
É saber o que eu sou?
Se é isso, eu não faço idéia.
Posso dizer de coisas que fiz;
ou não fiz;
e assim entrar em certas categorias;
certos títulos, gêneros...
Posso dizer da cor da minha pele;
da minha altura, cor de olhos, peso;
Posso falar do meu "tipo psicológico";
meus traumas, meu passado, minha memória;
Mas eu não sou isso.
Nada disso.
Com a ajuda de Krishnamurti;
Tenho voltado a mim mesmo com muita frequencia;
E descoberto muitas coisas;
Ele não me ofereceu um sistema para pensar;
nem ações para se imitar;
nem nada disso...
O que veio a mim foi um espelho;
e não um que está no banheiro;
que posso ir e olhar a fundo nos próprios olhos do reflexo;
e sentir coisas e admirar o escuro do meu ser que essas púpilas negras escondem...
Se é um espelho;
ele está todo o tempo a minha frente.
Não... Estou errado.
Não é um espelho;
Não vejo um reflexo;
Vejo a mim mesmo.
E sou mesquinho, ciumento, medroso, preguiçoso e teimoso.
Egoísta.
Mas essas coisas são apenas palavras...
Que não me fecham de maneira alguma.
Assim como essas mesmas, neste blog;
Que dizem nada;
sobre nada.
Que seja real.
Quem sou eu pra escrever algo sobre isso?
O que é isso?
É saber o que eu sou?
Se é isso, eu não faço idéia.
Posso dizer de coisas que fiz;
ou não fiz;
e assim entrar em certas categorias;
certos títulos, gêneros...
Posso dizer da cor da minha pele;
da minha altura, cor de olhos, peso;
Posso falar do meu "tipo psicológico";
meus traumas, meu passado, minha memória;
Mas eu não sou isso.
Nada disso.
Com a ajuda de Krishnamurti;
Tenho voltado a mim mesmo com muita frequencia;
E descoberto muitas coisas;
Ele não me ofereceu um sistema para pensar;
nem ações para se imitar;
nem nada disso...
O que veio a mim foi um espelho;
e não um que está no banheiro;
que posso ir e olhar a fundo nos próprios olhos do reflexo;
e sentir coisas e admirar o escuro do meu ser que essas púpilas negras escondem...
Se é um espelho;
ele está todo o tempo a minha frente.
Não... Estou errado.
Não é um espelho;
Não vejo um reflexo;
Vejo a mim mesmo.
E sou mesquinho, ciumento, medroso, preguiçoso e teimoso.
Egoísta.
Mas essas coisas são apenas palavras...
Que não me fecham de maneira alguma.
Assim como essas mesmas, neste blog;
Que dizem nada;
sobre nada.
Que seja real.
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